domingo, 29 de junho de 2008

Fools overture

E agora... algo de absolutamente inesperado!

Rodger Hodgson (Supertramp?), ou melhor, Supertramp (Rodger Hodgson?), na sua melhor composição de sempre, obra de arte (bem melhor que aquelas coisas de betão que nos deixam passar por cima, enquanto outros passam por baixo, e que denominamos do mesmo modo...), ao nível do que, em termos de música popular, colocamos no mesmo patamar que outros e justificados superlativos.

Dante no seu esplendor, ou a maquerda mais interessante dos últimos tempos

Encontro aqui um ideia, no mínimo, inovadora. A maqueta promete - ou será que é mesmo a maquerda que, à primeira, saiu do teclado? -, deve ser realmente muito interessante ter o carro estacionado, em permanência, voltado para o Sol, adormecer (e acordar...) com um raio de luar no canto direito dos olhos, ou só ver a tromba do patrão ao entardecer.

Só é pena que distintíssimos (e, quero acreditar que, principescamente bem pagos) arquitectos e engenheiros estejam a partilhar com o Mundo (e, portanto, com perigosos radicais, esquerdistas ou exactamente do oposto) ideias que podem, em tese, revolucionar os próximos objectivos da al-Qaeda. Sério! Alguém consegue imaginar a dantesca imagem do Capitólio a revirar-se sobre si próprio sem nunca se encontrar?!

Delírio meu? Muito bem, aguardemos pelos próximos meses.

sábado, 21 de junho de 2008

Biko



Vinte e nove anos depois, sempre actual!

San Jacinto



Uma relíquia ao jeito do vinho do Porto, quanto mais velho melhor!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Parem lá com o medo!

Não sei se o homem disse rigorosamente isto, numa Comissão Parlamentar de Educação sobre a violência nas escolas, mas há muito que, a propósito disto mesmo e também de muitas, muitas outras coisas, ando a dizê-lo e, sobretudo, a ouvi-lo de bocas bem mais avisadas. Por isso, repito-o: "Parem lá com o medo!"

Procura-se...


Quando era miúdo, lembro-me de tomar Aspirina, aquele comprimidinho branco, desajeitado porque grande e, ainda por cima, amargado que marava (pronto!, matava...) as dores de cabeça.

Já bem crescidinho encontrei-a na blogosfera, não marava coisa nenhuma, muito menos matava fosse lá o que fosse, mas ajudava a cabecinha a passar o dia de modo mais são (com outros preciosos e desinteressados contributos...).

Há dias, deixei de a ver. Alguém sabe dela?

terça-feira, 17 de junho de 2008

Curiosidades oriundas da América


Acabou com meses e meses de especulação e disse, preto no branco, que, neste momento, Barack Obama é o seu candidato.

Não deixa de ser curiosa esta afirmação, vindo do homem que, numa marosca que nunca ficará bem contada, com todos os pormenores, esteve para ser o presidente dos Estados Unidos da América, numa época em que, sabe-se hoje, era necessário, mais do que nunca, um homem minimamente inteligente na Casa Branca.

Não deixa de ser curioso, mas por razões diametralmente opostas, que, no mesmíssimo dia, o jornal Público (o de Espanha...) titule o seguinte: "Bush estabelece os seus objectivos sobre o Irão e justifica pela enémisa vez a invasão do Iraque".

sábado, 14 de junho de 2008

NÃO!

Uma excelente posta, aqui.

Robert Mugabe, um homem sincero, tem a minha admiração

Em política, e na vida em geral, a sinceridade tem um preço. Robert Mugabe é um homem sincero (não confundir sinceridade com honestidade, por favor...) e por isso ninguém ficará escandalizado se, no mínimo, levar com uma bala bem no meio dos olhos. Os africanos agradecem.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Fundamental! Mas alguém acredita?

Sem necessidade nenhuma, apenas e só aquela vaidadezinha arrogante a que já nos habituou, o homem voltou a meter as mãos pelos pés, os pés pelas patas, as patas pelo...
Enfim , por estes dias vale o circo mesmo sem pão. Fiquemos atentos às notícias sobre os resultados do referendo na Irlanda ao Tratado de Lisboa.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A quem aproveita, afinal, o banzé montado por todo o país?

À hora a que componho estas linhas decorre a mais aguardada reunião da Batalha da actualidade. Vão, ou não, os camionistas levantar a paralisação que, em três dias apenas, virou o país ao contrário?

Não me excito nem deixo de me entusiasmar com o protesto dos camionistas (e independentemente de ele ser, ou não legal). Estranho que as estruturas organizadas habitualmente envolvidas na defesa dos direitos dos seus associados (não, não me refiro, em exclsivo à CGTP...) estejam em silêncio absoluto, estranho a apatia do Governo (tanto tempo para reagir neste caso, em contraponto com a célere resposta que é sempre dada em tratando-se, por exemplo, de maquinistas dos caminhos-de-ferro, médicos ou pilotos da aviação civil), estranho, e sobretudo agora, o "entendimento" (ou será que foi "acordo"?) alcançado esta quarta-feira entre Governo e ANTRAM (Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias), que sempre se opôs ao protesto.

As linhas gerais do "acordo" (ou será que foi "entendimento"?) entretanto divulgadas apontam para:

  1. portagens reduzidas, no período nocturno, para profissionais do sector do transporte de mercadorias;
  2. majoração das despesas de combustíveis para efeito de despesas em sede de IRC, num mínimo de 20%, a manutenção do valor do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) em 2009, bem como o Imposto de Camionagem nos valores de 2007 durante os próximos três orçamentos do Estado;
  3. indexação do frete ao custo do aumento dos combustíveis;
  4. prazo máximo de 30 dias para pagamento de facturas dos transportadores, com coimas para os casos de incumprimento;
  5. forma especial de pagamento do IVA, já em vigor para o próximo ano fiscal;
  6. apoios específicos para a renovação de frotas e para o abate de veículos em fim de vida;
  7. e, subsídios para a formação profissional.
A lista é extensa e, aparentemente, o Governo foi de uma generosidade fantástica e inexcedível. É certo que o preço dos combustíveis não baixou, nem vai baixar, como os camionistas exigiam, mas o pacote do "entendimento"/"acordo" é vasto e dá (quase) para tudo.

Dá, inclusive, para os grandes transportadores - que nunca estiveram, recorde-se, ao lado desta paralisação - manterem intactos seus "índices de produtividade", leia-se, lucros. É certo que os fretes serão mais caros sempre que o gasóleo subir nas bombas e que terão de pagar serviços a 30 dias, mas a majoração das despesas de combustíveis, a forma especial de pagamento do IVA e, sobretudo, os apoios à renovação de frotas beneficiarão, essencialmente, os detentores de muitos veículos, quantos mais melhor.

Por isso continuo sem excitações nem entusiasmos, e na expectativa do que sairá, com efeitos práticos, da reunião à porta fechada da Batalha - a paralisação é dos pequenos e médios empresários, ou estes foram devidamente instrumentalizados? A quem aproveita, afinal, o banzé montado por todo o país?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Um mundo à deriva e vazio de ideias

Todos temos (uns mais, outros menos…) a sensação de que o país (e a Europa, e o Mundo…) parece estar a rebentar pelas costuras. Pessoalmente acredito que a crise está aí e para durar. Hoje, ouvi contar uma história que, a ser verdade (um dos intervenientes jura, a pés juntos, que sim), ilustra bem o que acaba de ser escrito: um mundo a desfazer-se aos bocados, sem valores, completamente à deriva e vazio de ideias para resolver os problemas.


Uma empresa, cujo nome não revelo aqui por razões óbvias, necessita de fazer uma contratação para os três meses de Verão, tal como sucede em todos os períodos de férias desde o seu primeiro ano de existência. Os candidatos – escolhidos pelo científico método do conheces alguém que? – apresentaram-se à entrevista marcada e todos ouviram algo deste tipo:


– É um contrato por três meses, de 15 de Junho a 15 de Setembro, e o horário de trabalho é entre as seis da tarde e as duas manhã. Como vem fazer substituições neste período de férias não há folgas e o vencimento será o equivalente ao subsídio de alimentação em vigor na empresa, contra a apresentação de recibo verde. Que tal?

UE ameaça direito social com 91 anos!

Pode ler-se aqui que a União Europeia parece disposta a querer recuar 91 anos em matéria de direitos sociais! O projecto é tão irracional que nem os patrões devem acreditar nele, digo eu, mas sobre o assunto ainda não ouvi rigorosamente nada do senhor ministro Vieira da Silva. Ou será que o Grande Explicador do Código de Trabalho é que vai dizer à malta como é que devia ser?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Love is a losing game

Acabo de ver (e ouvir...) 10 a 15 videos no YouTube e percebo que assisti impávido e sereno, e com tremenda dose de inconsciência à mistura, à polémica (entre comas, se faz favor...) jornalística e bloguística a propósito da actuação de Amy Winehouse no Rock in Rio, em Lisboa.

Já tinha ouvido "Rehab" umas boas dúzias de vezes (sobretudo no carro...). Mas já conhecia, de outros registos, "Valerie" e "You know i'm not good". Para já não falar de "Me a Mr. Jones" e, sobretudo, de "Do me good".

A vida, a existência real - corrida para o trabalho, contas por pagar, filhos por criar, sonhos eternamente adiados, dorme, acorda, toca a andar violeta que já é tarde e nunca mais chega o teu dia de descanso - é tão apressada e madrasta, e também requintada puta fina!, que nos coloca, tal e qual!, a leste da realidade em nome da dita cuja.

E por isso, sei agora, estou a perder outra vez (nem quero saber há quantos anos ao certo...), uma batida excepcionalmente boa (haja por aqui algum jornal/revista que fale daqueles músicos de excepção!), um "swing" terno e doce, uma voz plena, rouca (de quem não tem corpo para ela) e linda (de quem nunca chega a sê-lo), que só recorda Billie Holliday e Janis Joplin. E, também, por outos caminhos paralelos, Kurt Cobain e Jim Morrison.

É evidente que aquilo que se assistiu no Rock in Rio teve, apenas, um valor simbólico e circunstancial. Um dia destes vamos todos (sobretudo os que estiveram há dias na Quinta da Bela Vista) fazer coro com o premonitório "Back do black".

Até lá - enquanto jornais, revistas, rádios, televisões e entendidos da música popular glosam do que mais sério e pior se disse sobre a performance - vou ouvindo, ao ritmo mais lento da minha idade actual, num "slow" imaginário de há 20, 30 anos, o meu preferido "Love is a losing game".

Barack Obama, o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos da América



Fecharam as urnas no Dakota do Sul e... ponto final em cinco meses históricos de uma batalha que finda com a nomeação do primeiro candidato negro à presdidência dos EUA.

Com Hillary Clinton ainda à procura de uma linguagem que se coadune com a dura realidade da derrota, Obama proclama em St. Paul, no Minnesota: "Esta noite, posso estar à vossa frente e dizer que serei o candidato democrata à presidência dos EUA".

Com ou sem Hillary como "número dois" de Obama, agora se verá se o povo norte-americano é ao tão imbecil quanto a imagem que passa a cada dia do seu ainda presidente George W. Bush.

Actualidade

O jornalista aqui e agora, em Portugal, hoje


Imagem conscientemente subtraída na Confraria das Bifanas...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Abaixo-assinado a favor da abertura de pólo da Cinemateca Portuguesa na cidade do Porto

To: Ministério da Cultura e Cinemateca Portuguesa


O presente abaixo-assinado destina-se a acompanhar um documento expositivo referente à impossibilidade de acesso ao Cinema anterior à década de 90, na cidade do Porto. O documento será enviado ao Ministério da Cultura e à Cinemateca Portuguesa, estando disponível para consulta no site: www.circuitocinema.blogspot.com .
A recolha de assinaturas para o abaixo-assinado está também a ser desenvolvida em suporte físico, por várias pessoas e em vários locais da cidade do Porto.


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A cidade do Porto sofre de vários e complexos problemas na área da cultura, como é do conhecimento geral. No entanto, esta situação não é generalizável a todo o país. Efectivamente, Lisboa continua a usufruir de forma centralizada dos serviços de certas instituições culturais que deveriam fazer jus ao seu âmbito nacional, como, por exemplo, a Cinemateca Portuguesa, um organismo público suportado pelos contribuintes a nível nacional.

No Porto, é de grande interesse público a criação de uma extensão da Cinemateca, o que permitiria acabar com a carência de exibição cinematográfica sentida na cidade, ao nível da produção anterior à década de 90.

Os abaixo-assinados estão cientes desta situação e acreditam que,
- sendo insustentável que o funcionamento da Cinemateca não esteja de acordo com o seu âmbito nacional;
- sendo intolerável que a cidade de Lisboa, apenas por via desta instituição, tenha acesso, por dia, a cinco filmes na sua maioria anteriores à década de 90, enquanto que o Porto passa vários meses sem poder ver uma obra histórica relevante;
- havendo várias manifestações cívicas, associativas e pessoais, a reivindicarem o alargamento do âmbito do organismo em questão,

é fundamental e urgente a criação de um pólo da Cinemateca Portuguesa na cidade do Porto.



Os signatários,

Carlos Azeredo Mesquita
David Barros
Filipe Oliveira
Joaquim Guilherme Blanc
Lídia Queirós
Nuno de Sá
Pedro Leitão
Ricardo Alves

Sincerely,