segunda-feira, 21 de julho de 2008

Ainda bem que não é o mesmo...

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, é um homem que os tem no sítio, aos ditos cujos que aqui não são explicitados, apenas, por decoro. Parabéns ao Governo, parabéns a Rui Pereira, ainda bem que não é o mesmo que, há pouco mais de um mês, permitiu que o país ficasse virado do avesso.

sábado, 19 de julho de 2008

Desculpem qualquer coisinha

Hoje vou andar por aqui, algures no inferno...

A batida do coração

Phil Collins, Chester Thompson e Bill Bruford...
É para ouvir - desculpem pelo corte abrupto! - a batida original, a batida do coração!



P.S.: Gustavo!, ainda vou conseguir alguém com ritmo para Setembro... Nem que tenham de ser estes gajos...

terça-feira, 15 de julho de 2008

sábado, 12 de julho de 2008

O verdadeiro artista...

Procurava no Google uma imagem para um post sobre demagogia & eleitoralismo by José Sócrates. Admito que, por momentos, hesitei...

Primeiro, encontrei esta imagem...






(a de um homem triunfador e confiante)

Depois fui dar com esta...





(a de um homem indignado que não vê o seu esforço reconhecido nem os arguemntos entendidos)

Admiti como hipótese, de seguida, que pudesse estar a ser injusto...








(e encontrei um homem a meio caminho entre a fanfarronice e o forte aborrecimento, coitado!)

Mas, eis se não quando...








(encontro o mesmíssimo homem realmente chateado, com todas "aquelas" letras começadas por éfe...)

A seguir...









(dei de caras com um homem determinado no seu desígnio)

E, por fim, fez-se luz!: é mesmo esta a imagem que me faltava!!!











(Encontrei "o" verdadeiro demagogo em pessoa!)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Pecado capital

O "voyeurismo" pacóvio é o pecado capital do Jornalismo!

Outra vez vez... circo!

Os títulos das jornais, às vezes até que têm graça..

Ah, ah, ah, ah, ah...

400 milhões de buracos negros!

2883 caracteres vazios de ideias...
Rui Rio
só poderá consegui-lo!

E quais são, afinal, as p*«»... das perguntas?!?!?!

Tudo lido, de fio a pavio..., e quais são, afinal, as p*«»... das perguntas?!?!?!

Circo

O senhor Teixeira diz que vai pedir explicações ao próprio e o senhor Pinho diz que a ASAE terá de dizer das suas. Ambos se esquecem das Finanças - do Fisco, senhores -, mas nós pagamos!!! Mesmo que a menina da bilha não vá lá a casa... Como é divertido este país.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

10 parágrafos de boa reportagem

Aqui fica a ligação para 10 parágrafos de boa reportagem, um naco de prosa tirado do caso mais vulgar do Mundo em pouco mais de duas ou três horas. Lê-se, fica-se a saber o essencial, a leitura é rápida e encadeada (até parece que o homem estava lá na hora certa, mas garanto não porque fumava um cigarro comigo a céu aberto) e ainda salpica a emoção dos minutos do horror. Os jornais precisam disto como de pão para a boca. E os seus leitores também.

Mas que pôrra de dia, hein?!

Há dias assim. De um esmorecimento implacável.

Um tipo compra o jornal e lê nas "gordas" três coisas absolutamente fantásticas: a Polícia Judiciária tem uma "secreta", instalada num armazém em Cascais, que faz escutas e vigilância à margem da lei; a Casa Branca diz que se enganou quando disse que Berlusconi lidera um país corrupto; afinal, a ida de Vale e Azevedo à polícia inglesa já estava combinada desde quinta-feira da semana passada.

Um tipo lê, relê, percebe que o jornal não está a brincar connosco, está simplesmente a noticiar o que de facto aconteceu, e fica perplexo. Ainda por cima, logo a seguir entende que, afinal de contas, já não-está outra vez!

Princípio do contraditório

Afinal, em que ficamos? A sociedade Estoril-Sol está ou não está na mira na investigação criminal?

Esperar de balde...

Rui Rio recandidata-se à presidência da Câmara Municipal do Porto e nem sequer precisa que os órgãos nacionais do seu partido digam se pode, ou não, assim ser. Já está anunciado, e com toda a frontalidade. As estruturas distritais do PSD e do CDS entenderam-se, e a quem coube o papel de moço do recado também não sobraram dúvidas - "Era o que mais haveria de faltar eu esperar por indicações nacionais", traduziu em Português claro e conciso Marco António Costa, essa coisa com duas pernas que passa a vida a insinuar-se aos jornalistas e à Comunicação Social sentada e que também é líder distrital do PSD/Porto.

Ora, assim sendo, talvez tenha chegado a hora de a Oposição aprender a ler nas entrelinhas. O PS, sozinho, nunca mais lá vai. O PCP, perdão!, a CDU também não. E o BE muito menos. Então, de que está a Oposição à espera? De alguma "fruta" que manche o lençol? Um "apito" que borre a escrita? Bem podem ficar sentados à espera, que vão esperar de balde... e, debalde, desesperar!

A imagem nacional de Rui Rio está colada à honestidade, ao trabalho e à simplicidade que soube "separar as águas" da cidade da sua fonte de corrupção e de mafiosidade (o clube...). E o todo nacional pouco se está a "lixar", acho que nem chega, sequer, a perceber, com o custo dessa imagem, porque não vive no Porto, não tem de levar com as "birras" pessoais, nem com o nepotismo e o terrorismo municipal em tudo o que devia ser área de intervenção cívica... dos cidadãos.

A Oposição (local e regional) não percebe - em nome, sabe-se lá de que interesses (nacionais?) - e os portuenses e o Norte que se lixem! Vão levar com mais Rui Rio.

Vão levar os portuenses com mais Rui Rio, e vão levar os portugueses com Rui Rio depois do PS perder a maioria absoluta na Assembleia da República, depois do Governo cair lá para 2011 e depois do PSD chutar Manuela Ferreira Leite (agora com delicadeza...). Aí vamos todos ficar cinzentos, feios e tristes, como está a cidade do Porto.

Pode ser que nessa altura se perceba o que está a acontecer.

domingo, 6 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

Ai ouve?




Avós

Não tenho o livro, mas falaram-me de uma lenga-lenga simples, da autoria de Chema Heras, original, fresca e terna. Falaram-me, também, das ilustrações cuidadas e sugestivas de Rosa Osuna, que não conheço.
A história, devidamente surripiada na Internet e que aqui fica para quem dá nome ao texto, é sobe valores, sem falar neles, no essencial da vida.




Avós

Numa tarde de Primavera, estava o avô a regar a horta, quando viu chegar um carro que anunciava:

Esta noite haverá festa na praça do povo. Vinde todos bailar com os melhores músicos do país!

— Ouviste, Manuela? Esta noite temos baile!
— Sim, Manuel. Mas eu não vou. Já não sou menina para andar de festa em festa.
O avô não disse nada.
Olhou para o sol que estava quase a esconder-se no horizonte, e agachou-se para colher uma margarida que crescia por entre a erva.
Depois, foi junto da avó, deu-lhe a flor e disse:
— Porém, tu és muito bonita, Manuela. És tão bonita como o sol!
A avó sorriu e foi ver-se ao espelho.
— Não é verdade. Sou feia como uma galinha sem penas — disse ela, prendendo a margarida no cabelo.
— Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol!

E faz o favor de te apressar, que temos de ir bailar.

A avó foi à casa de banho e, de uma bolsa, tirou um lápis.
— O que vais fazer com esse lápis? — perguntou o avô.
— Vou pintar os olhos, que os tenho tristes como uma noite sem lua.
— Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol, com os teus olhos tristes como as estrelas da noite!

E faz o favor de te apressar, que temos de ir bailar.

A avó sorriu e pegou num pincel.
— O que vais fazer com esse pincel?
— Vou pintar as pestanas, que as tenho curtas como as patas de uma mosca.
— Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol, com os teus olhos tristes como as estrelas da noite e as tuas pestanas curtas como erva recém-cortada!

E faz o favor de te apressar, que temos de ir bailar.

A avó voltou a sorrir e, da prateleira, tirou um boião.
— O que vais fazer com esse boião?
— Vou pôr creme na pele, que a tenho enrugada como um figo seco.
— Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol, com os teus olhos tristes como as estrelas da noite e as tuas pestanas curtas como erva recém-cortada e a tua pele enrugada como as nozes de uma tarte.

E faz o favor de te apressar, que temos de ir bailar.

A avó voltou a sorrir, pousou o boião e pegou num baton.
— O que vais fazer com esse baton?
— Vou dar brilho aos meus lábios, que os tenho secos como a terra dos caminhos.
— Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol, com os teus olhos tristes como as estrelas da noite e as tuas pestanas curtas como erva recém-cortada e a tua pele enrugada como as nozes de uma tarte e os teus lábios secos como a areia do deserto.
E faz o favor de te apressar, que temos de ir bailar.

A avó voltou a sorrir e foi à mesa-de-cabeceira e tirou de lá um frasco.
— O que vais fazer com esse frasco?
— Vou pintar o cabelo, que o tenho cinzento como uma nuvem de Outono.
— Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol, com os teus olhos tristes como as estrelas da noite e as tuas pestanas curtas como erva recém-cortada e a tua pele enrugada como as nozes de uma tarte e os teus lábios secos como a areia do deserto e o teu cabelo branco como uma nuvem de verão.

E faz o favor de te apressar, que temos de ir bailar.

A avó sorriu e foi ao armário buscar uma saia.
— O que vais fazer com essa saia?
— Vou esconder estas pernas, que as tenho magrinhas como agulhas.
— Não digas isso, mulher! Tu és bonita como o sol, com os teus olhos tristes como as estrelas da noite e as tuas pestanas curtas como erva recém-cortada e a tua pele enrugada como as nozes de uma tarte, os teus lábios secos como areia do deserto, o teu cabelo branco como uma nuvem de verão e as tuas pernas magrinhas como uma andorinha.

E faz o favor de te apressar, que temos de ir bailar.

A avó guardou a saia, foi lavar a cara e sorriu diante do espelho. Depois agarrou-se ao braço do avô e os dois foram para o baile.
Quando chegaram, os músicos já estavam no palco, a tocar, e toda a gente estava a bailar.
O avô agarrou na avó pela cintura, e puseram-se a bailar. Depois, olhou profundamente nos olhos da avó e disse-lhe:
— Manuela, tens os olhos tristes e formosos como as estrelas da noite.
Então a avó olhou muito no fundo dos olhos do avô e viu que também ele tinha… os olhos tristes como as estrelas da noite e as pestanas curtas como erva recém-cortada e a pele enrugada como as nozes de uma tarte e os lábios secos como a areia do deserto e o cabelo branco como uma nuvem de verão e as pernas magrinhas como as de uma andorinha.
A avó agachou-se e apanhou uma margarida, prendeu-a ao casaco do avô e aconchegou-se no seu peito.
Depois, olhou para o céu, e voltou a olhar o avô bem nos olhos e sem deixar de dançar, disse:
— Manuel, és tão bonito como a lua!

terça-feira, 1 de julho de 2008