quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A insustentável leveza das palavras

A notícia integral pode encontrá-la na transcrição que aqui foi feita. Quer dizer, pode encontrá-la e lê-la se ainda se tiver um pingo de honradez, porque, posso garantir, vai ficar de cara à banda.

Não é que a líder do maior partido da oposição quer uma suspensão da democracia, coisa rápida aí para uns seis meses?!

O PSD atravessa um período terrível, oscilando a sua presidência entre exageros linguísticos e verbais que não auguram nada de bom e que o PS e José Sócrates vão agradecendo...

Claro que já há quem tenha vindo chamar a atenção para a ironia da senhora - quando ouvindo e tornando a ouvir o registo na rádio apenas dá para perceber a seriedade com que a alarvidade foi pronunciada e intuir a insustentável leveza com que as palavras são, muitas vezes, proferidas.

O que mais me surpreende, no entanto, é que os analistas, sempre tão atentos, se tenham esquecido, até ver, da relação umbilical existente entre Manuela Ferreira Leite e o seu referencial vivo político-ideológico. Esse mesmo!, o mesmo senhor que, a 10 de Junho deste ano, foi a Viana do Castelo convencido de que assinalava a passagem de mais um dia da Raça.

E o mais espantoso é que ter visto/lido/ouvido ninguém, até agora, a desmontar o tremendo efeito subliminar dessas "gaffes"/ironias. Sobretudo no actual contexto de crise profunda. Não tarda nada ainda nos aparece por aí um Sebastião qualquer de bota cardada e vamos entender, calmamente, que o salvador da Pátria chegou.

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