quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Declaração de consciência

From the pain come the dream
From the dream come the vision
From the vision come the people
From the people come the power
From this power come the change.


Palavras recentes de um embaixador da Amnistia Internacional perfeitamente ajustáveis à realidade de um qualquer povo em luta e sem perspectivas de um futuro ainda que imediato. Curiosamente, foram proferidas muito antes da eleição de Barack Obama....

Do sofrimento à mudança há, por certo, um longo caminho a percorrer. Da visão, que forçosamente envolve as pessoas, ao poder que o sonho acabou por possibilitar há uma longa travessia íntima, quantas vezes, dolorosa e solitária e, sobretudo, colectiva.

Por isso, enquanto houver injustiça e desigualdade, não estarei tranquilo, a menos que também fisicamente seja vencido.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A insustentável leveza das palavras

A notícia integral pode encontrá-la na transcrição que aqui foi feita. Quer dizer, pode encontrá-la e lê-la se ainda se tiver um pingo de honradez, porque, posso garantir, vai ficar de cara à banda.

Não é que a líder do maior partido da oposição quer uma suspensão da democracia, coisa rápida aí para uns seis meses?!

O PSD atravessa um período terrível, oscilando a sua presidência entre exageros linguísticos e verbais que não auguram nada de bom e que o PS e José Sócrates vão agradecendo...

Claro que já há quem tenha vindo chamar a atenção para a ironia da senhora - quando ouvindo e tornando a ouvir o registo na rádio apenas dá para perceber a seriedade com que a alarvidade foi pronunciada e intuir a insustentável leveza com que as palavras são, muitas vezes, proferidas.

O que mais me surpreende, no entanto, é que os analistas, sempre tão atentos, se tenham esquecido, até ver, da relação umbilical existente entre Manuela Ferreira Leite e o seu referencial vivo político-ideológico. Esse mesmo!, o mesmo senhor que, a 10 de Junho deste ano, foi a Viana do Castelo convencido de que assinalava a passagem de mais um dia da Raça.

E o mais espantoso é que ter visto/lido/ouvido ninguém, até agora, a desmontar o tremendo efeito subliminar dessas "gaffes"/ironias. Sobretudo no actual contexto de crise profunda. Não tarda nada ainda nos aparece por aí um Sebastião qualquer de bota cardada e vamos entender, calmamente, que o salvador da Pátria chegou.

domingo, 9 de novembro de 2008

Casmurrice obtusa ou doidice comprovada?


Há coisas difíceis de entender na vida.

Mais de 80% de uma classe profissional unida numa cidade a protestar merece ouvidos moucos por parte do responsável do sector de actividade? Só quando se é casmurro até mais não. Ou, então, quem ignora o clamor deste sábado, em Lisboa, perdeu a razão há muito e está, portanto, completamente alheio da realidade.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

I have a dream...



"Sonho que os meus quatro filhos vivam um dia num país em que não sejam avaliados pela cor da sua pele".

O sonho de Martin Luther King, expresso há 45 anos, cumpriu-se. Jesse Jackson, outro negro que tentou a candidatura à Casa Branca, o da foto dramática e emocionalmente bela, não resistiu às lágrimas.

Face à onda de optimismo e alegria espalhados por todo o Mundo, só posso desejar, a falar aqui com os meus botões, que ninguém me ouve, que "a grande esperança branca", como alguns já baptizaram Barack Obama, consiga ser, de facto, o motor da reconciliação das divisões raciais que nunca por nunca, desde que me lembro como gente, fui capaz de entender.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Presidente Obama

A vitória de Barack Hussein Obama nas eleições presidenciais dos Estados Unidos representa um corte cultural inimaginável há apenas dois anos.

Aplaudo a ruptura democrática com pensamentos racistas e segregacionistas. A vitória de um negro (ou de uma mulher...) seria sempre um marco histórico.

E Obama soube construir a vitória sem se deixar transformar num candidato de uma minoria, um pouco à semelhança do que sucedeu com Jesse Jackson.

Pelo caminho, branqueou algumas ideias, mas cumpriu o sonho de Martin Luther King.

Quanto ao resto, bom!, estamos conversados, fica tudo na mesma...

sábado, 1 de novembro de 2008

O melhor vendedor do ano


O Departamento Comercial da empresa J.P. Sá Couto, criadora do primeiro computador portáil português, também conhecido por Magalhães, instituiu um prémio para o seu melhor vendedor em 2008.

A distinção, que será entregue no decurso do próximo ano, premiará o melhor comercial em actividade. José Sócrates - que conseguiu colocar chefes de Estado e de Governo da América Latina espantados com a interactividade da tecnologia lusa e interessados em celebrar negócio - domina, neste momento, por expresíssima vantagem a tabela de vendas. Hergé já nem reclama.