sábado, 20 de setembro de 2008

Gratuito financiado com “dinheiro roubado aos bancos”

Um tablóide de 20 páginas e uma tiragem de 200 mil exemplares chamado “Crisi” foi distribuído a 17 de Setembro nas ruas de Barcelona, informando que aquela seria a sua única aparição e que a edição fora financiada por “dinheiro roubado aos bancos”.

O(s) editor(es) da publicação explica(m) no artigo principal que a verba necessária para esta iniciativa foi obtida junto de 39 entidades bancárias através de 68 operações de crédito, ascendendo a 492 mil euros (mais de 500 mil se contarmos com os juros), cedidos sem quaisquer avais ou garantias num contexto de contratação de crédito e que, garante(m), “não serão pagos”.

“Esta é uma demonstração de como a banca promove o endividamento das famílias por cima de qualquer controlo ou de qualquer medida de prevenção de riscos e de sentido comum”, lê-se no “Crisi”, disponível também online, em
http://polaris.moviments.net:8000/es/crisi.

Certa de que o caso originará uma queixa-crime, a Federação de Sindicatos de Jornalistas de Espanha (Fesp) considera que, mais insólito do que a confissão do “Crisi” de que não vai pagar a dívida contraída, só mesmo o facto de a iniciativa não ter sido noticiada pelos grandes órgãos, embora isso talvez se deva ao conteúdo da publicação, que contém artigos sobre as relações entre os principais média espanhóis e a banca.


(Texto publicado no sítio do Sindicato de Jornalistas)

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