A palavra, como tu dizias, chega
húmida dos bosques: temos que semeá-la;
chega húmida da terra: temos que defendê-la;
chega com as andorinhas que a beberam sílaba a sílaba na tua boca.
Cada palavra tua é um homem de pé;
cada palavra tua
faz do orvalho uma faca,
faz do ódio um vinho inocente
para bebermos contigo
no coração em redor do fogo.
in "Elegia das águas negras para Che Guevara", de Eugénio de Andrade
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Cada palavra tua é um homem de pé
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2 comentários:
Companheiro e Camarada,
Eu, mas não só eu, gostaria de ler uma palavra tua sobre a prisão do nosso camarada e companheiro Graça Campos.
Kandandu
Orlando Castro
Comentarei, sim, meu caro companheiro e camarada, mas não neste espaço, dedicado à memória de "Che". Durante a tarde, se me for possível, amanhã, o mais tardar, escreverei sobre o assunto que, digo-te já, me incomoda e repugna.
Abraço
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